Firme na fé, unido ao corpo, sustentado pela graça
Nós, como povo de Deus, muitas vezes nos encontramos diante de ventos contrários que tentam abalar nossa caminhada na casa do Senhor. Em meio a falhas humanas, crises espirituais e desilusões, surge o sussurro de abandonar o lugar onde fomos gerados na fé.
Mas é justamente nesses momentos que precisamos lembrar: não foi sobre homens ou estruturas humanas que Jesus edificou sua Igreja, mas sobre a Rocha da fé — Ele mesmo (Mateus 16:18).
Permanecer firme na igreja não é ignorar problemas, mas escolher, por amor a Cristo, não entregar-se à amargura, à tristeza nem à incredulidade. Assim como os discípulos de Emaús estavam prestes a se perder no caminho, nós também podemos ser cegos às presenças de Jesus bem ao nosso lado, caminhando conosco (Lucas 24:15).
A verdadeira fé não foge quando tudo parece perdido; ela clama, espera e persevera.
Primeiro, permanecemos porque somos um só corpo em Cristo (1ª Coríntios 12:27). Não podemos viver isolados, pois fomos chamados para a comunhão — para orar juntos, sofrer juntos, alegrar-nos juntos (Romanos 12:5).
Segundo, permanecemos porque a Palavra de Deus está no meio do povo. Mesmo com líderes imperfeitos, a Escritura continua sendo pregada, alimentando almas famintas (Atos 2:42).
Terceiro, permanecemos porque Deus santifica seu povo no meio da luta, não fora dela. Fugir pode parecer solução, mas o chamado é para transformar, interceder e restaurar (Jeremias 29:7).
Quarto, permanecemos porque a esperança cristã não morre com as crises. Cristo ressuscitou ao terceiro dia — exatamente quando toda esperança humana havia se extinguido (Lucas 24:21).
Quinto, permanecemos porque somos responsáveis pela unidade do Espírito (Efésios 4:3), não por nossas forças, mas pelo poder do Alto.
Sexto, permanecemos porque Deus ainda opera milagres na Sua igreja — curas, salvações, libertações. O mesmo Espírito que ressuscitou Jesus habita entre nós (Romanos 8:11).
Sétimo, permanecemos porque Cristo ama a Igreja e deu a si mesmo por ela (Efésios 5:25). Se Ele não a abandonou na cruz, quem somos nós para fazê-lo?
Portanto, não entreguemos os braços. Que cada um de nós seja como aqueles que voltaram correndo para Jerusalém, com o coração ardente da presença do Senhor (Lucas 24:33).
Que não sejamos duros de coração, mas sensíveis à voz do Mestre. Ainda há lugar à mesa do Senhor. Ainda há pão para partir. Ainda há glória para revelar.
Permaneçamos — não por religião, mas por amor ao Redentor que jamais nos deixará.
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