O Espírito não é provocado por técnicas, mas por corações quebrantados em oração e santidade
O Espírito Santo é Deus — livre, santo, soberano — e age onde e quando quer, segundo a sua vontade eterna (João 3:8). A pergunta, quais são as condições espirituais nas quais o Espírito se agrada em derramar-se?
A história da Igreja nos ensina que, antes de cada grande mover de Deus, houve um clamor profundo, um retorno à Palavra e um arrependimento genuíno. Em Atos 2, cem discípulos reuniram-se perseverando “unânimes em oração” (Atos 1:14). Assim, vá a igreja e busque esta presença!
Foi um tempo de espera na presença de Deus, conforme Jesus havia ordenado. E quando o Espírito desceu, veio como fogo, como vento, como línguas — sinais externos de uma realidade interna: Deus estava visitando seu povo.
O Senhor habita na adoração; se manifesta na reverência. Isaías só foi enviado depois de purificado por um braseiro tirado do altar (Isaías 6:6-7). Ele clamou por misericórdia.
E foi nesse momento de quebrantamento que viu a glória do Senhor e ouviu a voz do Altíssimo. Quantos de nós estão preocupados em ver a santidade de Deus?
O Espírito Santo é atraído por aquilo que honra o Pai e glorifica o Filho. Ele responde a orações sinceras. Ele habita em espíritos contritos (Salmo 51:17).
Quando Esdras leu a Lei, o povo chorou — não por medo, mas por convicção. E foi nesse choro que nasceu um avivamento verdadeiro: ídolos foram quebrados, alianças renovadas, adoração restaurada (Neemias 8–9).
Hoje, muitos clamam por poder sem buscar pureza, por unção sem humildade, por sinais sem santidade. Mas o mesmo Espírito que batizou a Igreja no dia de Pentecostes ainda espera por um povo disposto a se dobrar diante de Deus.
Um povo que permanece diante do trono. Um povo que ama a Palavra, mesmo quando ela confronta seus hábitos, seus anseios, suas tradições.
Por isso, não peçamos apenas “avivamento”. Peçamos olhos para ver a santidade de Deus, coração para chorar pelos nossos pecados e coragem para voltar ao primeiro amor.
Que nós sejamos esse remanescente que, em meio ao sono geral, ainda vigia, ora e clama: “Vem, Espírito Santo, enche a tua casa!” (Ageu 2:9).
Pois onde há verdadeira intercessão, o céu se abre — e o avivamento começa.
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