Nós, ao meditarmos em Êxodo 14.13, somos conduzidos ao coração de uma verdade imutável: “Moisés disse ao povo: Não temais; estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque os egípcios que hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver.”
Este versículo não é apenas um relato histórico, mas um marco teológico que revela o caráter de Deus como o Senhor do livramento. Diante do mar à frente e do exército inimigo atrás, o povo de Israel estava cercado, mas não abandonado.
Nesse momento de aparente desespero, Moisés, como servo fiel, exorta o povo à fé e ao repouso. A sua exortação não é um conselho passivo, mas uma ordem ativa de confiança: “Estai quietos” — isto é, cesse o clamor do medo, pare a agitação da incredulidade, e olhe para Deus.
Quando Deus está na direção, o inimigo é vencido, não pela força do braço humano, mas pelo poder do Altíssimo. O exército egípcio, por mais formidável que parecesse
, foi reduzido a nada diante do sopro do Senhor (Êx 14.27-28).
A vitória não foi conquistada pela estratégia de Moisés, nem pela coragem do povo, mas pela fidelidade de Deus à Sua aliança. Quem crê, espera com paz, porque sabe que o Senhor não falha.
A fé não se agita; ela descansa. Não é indiferença, mas confiança plena na soberania divina. Como diz Isaías 26.3: “Tu guardarás em paz perfeita aquele cuja mente está firme em ti; porque confia em ti.”
Aplicando isso à vida cristã, quantas vezes nos vemos diante de “mares vermelhos” — problemas financeiros, doenças, relacionamentos quebrados, perseguições espirituais? O inimigo sussurra que estamos cercados, que não há saída. Mas o Senhor nos diz: “Não temais”.
A presença de barreiras não anula as promessas de Deus; ao contrário, muitas vezes são os cenários onde Ele mais gloriosamente Se revela. As promessas de Deus são “sim” e “amém” em Cristo (2 Co 1.20). O mesmo Deus que abriu o mar continua a abrir caminhos no deserto, rios no ermo (Is 43.19).
A jornada do crente não está isenta de provações, mas está selada pela presença do Eterno. Quando o inimigo avança, Deus ordena: “Dize aos filhos de Israel que marchem” (Êx 14.15).
A fé obedece mesmo quando não vê o caminho. As barreiras existem para provar, purificar e aperfeiçoar a nossa confiança. Não é a ausência de obstáculos que define a vitória, mas a presença de Deus na provação.
Portanto, hoje, se estamos diante de um mar impossível, lembremo-nos: quem crê espera, e quem espera em Deus jamais será confundido. A vitória já está garantida na cruz. Marchemos na fé, com os olhos fixos no Senhor, pois onde Ele guia, Ele provê. E o que parece fim, é apenas o começo do livramento.
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