Ana, o menino e a boneca

Ana, o menino e a boneca


Perto do dia de Natal, Ana entrou em um Shopping Center para comprar alguns presentes de última hora para festejar o nascimento de Cristo com os familiares e amigos. Ela olhou para toda aquela gente ao seu redor e se incomodou um pouco. "Ficarei aqui uma eternidade; com tantas coisas para fazer", pensou Ana.

O Natal já havia se transformado quase em uma doença. Estava pensando em dormir enquanto durasse o Natal. Mas ela se apressou o máximo que pode por entre as pessoas que estavam no shopping e entrou numa loja de brinquedos. Mais uma vez se surpreendeu reclamando para si mesma sobre os preços. Chegou até a perguntar a si mesma se os seus sobrinhos realmente brincariam com aqueles brinquedos.

Partiu então para a seção de bonecas, em uma esquina encontrou um menino de aproximadamente 5 anos segurando uma boneca bem cara, estava tocando seus cabelos e a segurava com muito carinho. Ana não pode se conter; ficou olhando para ele fixamente e se perguntava para quem seria a boneca que ele segurava com tanto apreço, quando dele se aproximou uma mulher que ele chamou de tia.

O menino lhe perguntou: "Posso levar a boneca?" E a mulher lhe falou com um tom impaciente: "Você sabe que não tem dinheiro suficiente para comprá-la".

A mulher disse ao menino que permanecesse onde estava enquanto ela buscava outras coisas que lhe faltavam. O menino continuou segurando a boneca.

Depois de um tempo, Ana se aproximou e perguntou-lhe para quem era a boneca. Ele respondeu: 
"Esta é a boneca que minha irmãzinha tanto queria ganhar no Natal. Ela estava certa de que Papai Noel iria trazê-la". Então Ana disse ao menino que o Papai Noel a traria. Para sua surpresa, ele lhe disse: 
"Não! O Papai Noel não pode ir aonde minha irmãzinha está. Eu tenho que entregá-la à minha mãe para que ela leve até a minha irmãzinha". Então Ana lhe perguntou onde estava a sua irmã e o menino, com uma feição triste, respondeu: "Ela se foi com Jesus. Meu pai me disse que a mamãe irá encontrar-se com ela".

Naquele momento, o coração de Ana quase parou de bater. Voltou a olhar para o menino. Ele continuou: "Pedi ao papai para falar para a mamãe para que ela não se vá ainda. Para pedir-lhe para esperar até que eu volte do shopping". O menino perguntou a dona Ana se ela gostaria de ver a foto de sua irmã e ela respondeu-lhe que adoraria. Então, ele tirou do seu bolso algumas fotografias que haviam sido tiradas em frente ao shopping há muito tempo e lhe disse: "Vou pedir para o papai levar estas fotos para que a minha mãe nunca se esqueça de mim. Gosto muito da minha mãe, não queria que ela partisse. Mas o papai disse que ela tem que ir encontrar a minha irmãzinha".

Neste instante, Ana observou que o menino havia baixado a cabeça e ficado muito calado. Enquanto ele não olhava, ela colocou a mão na carteira carteira e retirou algumas notas. Pediu ao menino para que contasse o dinheiro novamente. Ele se entusiasmou muito e comentou: "Eu sei que é suficiente". E começou a contar o dinheiro outra vez. O dinheiro agora era suficiente para pagar a boneca.

O menino, em uma voz suave, comentou: "Graças a Jesus por dar-me dinheiro suficiente". Ele falou ainda: "Eu acabei de pedir a Jesus que me desse dinheiro suficiente para que eu comprar esta boneca para a mamãe levar até a minha irmãzinha. E Ele ouviu a minha oração". Eu queria pedir-lhe dinheiro suficiente para comprar uma rosa branca para a minha mãe também, mas não o fiz. Mas Ele acaba de me dar o bastante para a boneca da minha irmãzinha e para a rosa da minha mãe. Ela gosta muito de rosas brancas...".

Em alguns minutos a sua tia voltou e Ana, desapercebidamente, foi embora.

Enquanto Ana terminava suas compras, com um espírito muito diferente de quando havia começado, não conseguia deixar de pensar naquele menino. Seguiu pensando em uma história que havia lido dias antes num jornal, a respeito de um acidente, causado por um condutor alcoolizado, no qual uma menininha falecera e sua mãe ficara em estado grave. A família estava discutindo se deveria ou não manter a mulher com vida artificial. Logo ela se deu conta de que aquele menino pertencia a essa família. 

Dois dias mais tarde, Ana leu no mesmo jornal que a mulher do acidente havia sido removida das máquinas que a mantinham viva e, infelizmente, falecera. Ela não conseguia tirar o menino da sua mente. Mais tarde, comprou um buquê de rosas brancas e as levou ao funeral onde estava o corpo da mulher. E ali estava; aquela mulher que foi noticiada no jornal, com uma rosa branca em uma de suas mãos, uma linda boneca na outra e a foto de seu filho no shopping.

Ana chorava e chorava... Sua vida havia mudado para sempre! O amor daquele menino pela sua mãe e irmã era enorme! Em um segundo, um condutor alcoolizado havia destroçado a vida daquela criança!

Prezado leitor, todos nós podemos ajudar quem precisa, amparar quem está triste, mudar de atitude e ser mais sensível ante as necessidades dos outros, sendo assim, um instrumento de Deus neste curto período de vida que temos.

Disse Jesus: "Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis", (João 13:34).

Viva um dia de cada vez, sempre fazendo o bem, cumprindo o papel de um cristão que segue os mandamentos de Cristo, porque amanhã não sabemos se poderemos ajudar!

Pense nisso!


Por Jornalista Márcio Batista
Foto: Mother








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