A salvação não vem das nossas obras, mas da fé em Jesus; é Deus sendo bom, mesmo quando duvidamos.
Não se trata do quanto você é bom, mas do quanto Deus é bom
Nós, como povo de Deus, muitas vezes caímos na ilusão de que nossa aceitação diante dEle depende do nosso desempenho espiritual — quantas orações fizemos, quantos cultos frequentamos, quantos atos de caridade praticamos. Mas a Palavra de Deus nos confronta com uma verdade transformadora: não é o quanto nós somos bons que nos salva, mas o quanto Deus é bom.
A Bíblia é clara ao afirmar que "porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9). Este versículo corta pela raiz qualquer tentativa de autojustificação. As boas obras não são a causa da salvação, mas a evidência dela. Quando cremos em Jesus Cristo, recebemos a justiça divina como presente (Romanos 3:24), não por mérito, mas por misericórdia.
Há, todavia, uma corrente de pensamento dentro do próprio ambiente cristão que ainda insiste em colocar as obras como condição essencial para a salvação. Mas isso contradiz o coração do evangelho. Tiago 2:17 fala que "a fé sem obras é morta", sim, porém ele não está dizendo que as obras salvam, mas que a verdadeira fé produz obras. A obra salva é de Cristo na cruz; a obra frutifica é do Espírito em nós.
Pense conosco: se a salvação dependesse das nossas ações, então nenhum de nós estaria salvo. Porque "todos pecaram e destoam da glória de Deus" (Romanos 3:23). O justo viverá pela fé (Habacuque 2:4; Romanos 1:17), e essa fé se fixa não em nossas capacidades, mas na fidelidade de Cristo, que "nos amou e se entregou por nós" (Gálatas 2:20).
Deus é bom o tempo todo. E mesmo quando falhamos, Ele permanece fiel. Sua bondade não flutua conforme nosso comportamento. Ela é imutável, fundada em Seu caráter santo e amoroso. É por isso que podemos descansar: não na perfeição das nossas obras, mas na perfeição da obra consumada por Jesus.
Que esta verdade aqueça nossos corações: não somos aceitos por aquilo que fazemos, mas por aquilo que Ele fez. Que vivamos, então, não para merecer o amor de Deus, mas movidos pelo amor já recebido. Pois foi Ele quem primeiro nos amou (1 João 4:19), e nisso temos certeza: Deus é bom — sempre foi, é e será.
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