A pergunta sobre se o músico cristão pode tocar no secular, ou se o cristão pode ouvir música secular, exige uma análise séria e bíblica, fundamentada nos princípios da santidade, separação e propósito da vida cristã.
A Palavra de Deus é clara ao advertir o crente sobre o jugo desigual e a mistura com valores que não glorificam a Deus.
Em 2ª Coríntios 6:14-17, o apóstolo Paulo escreve: “Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”
Aqui, a Bíblia confronta diretamente a ideia de parceria entre o que é santo e o que é profano. O músico cristão, chamado para ministrar através do louvor, deve avaliar se sua atuação no meio secular compromete seu testemunho e sua consagração ao Senhor.
Tiago 4:4 também traz uma advertência forte: “Infiéis, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”
Isso não significa que o cristão deve viver isolado da cultura, mas sim que deve haver discernimento espiritual quanto ao conteúdo, intenção e o ambiente da música secular.
A metáfora de que “água e óleo não se misturam” reflete bem a chamada de Deus para um povo separado. Em Mateus 5:13-16, Jesus declara que somos “sal da terra e luz do mundo”. Como sal, o cristão preserva os valores do Reino; como luz, revela a verdade onde há trevas.
Participar de ambientes seculares sem propósito evangelístico, ou consumir música que promove valores contrários à fé cristã, pode enfraquecer o testemunho e alimentar a carne.
A música tem poder de edificar ou contaminar. Em Filipenses 4:8, Paulo nos exorta: “...tudo o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável... nisso pensai.”
Essa diretriz vale para o que ouvimos. Nem toda música secular é pecaminosa em letra ou melodia, mas o cristão deve avaliar se ela edifica espiritualmente e se agrada a Deus.
Portanto, biblicamente, o cristão é chamado à separação e santidade. O músico cristão, mais ainda, deve viver para glorificar a Deus com seus dons. Misturar-se com o secular, seja tocando ou ouvindo sem discernimento, pode abrir portas para o desvio espiritual.
Somos chamados a fazer diferença, e não a nos igualar ao mundo.
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