Quando os liderados se unem à liderança com lealdade, fidelidade e submissão, a igreja não apenas cresce — ela resplandece como corpo de Cristo na terra
Nós, como corpo de Cristo, somos chamados a viver em unidade, não por mera conveniência humana, mas por um propósito divino. A igreja não é uma organização, mas um organismo vivo, edificado sobre a pedra angular, que é Cristo Jesus (Efésios 2:20), e sustentado pelo Espírito Santo.
Nesse contexto, a cooperação dos liderados com a liderança não é uma exigência burocrática, mas uma expressão de maturidade espiritual e submissão ao Senhor que estabeleceu pastores e mestres para o aperfeiçoamento dos santos (Efésios 4:11-12).
Quando nós nos dispomos a cooperar com os líderes espirituais que Deus levantou, estamos, na verdade, cooperando com o próprio propósito de Deus para a edificação da igreja.
A Palavra de Deus é clara: “Obedeçam aos seus líderes e sujeitem-se a eles, pois estes velam por vocês como aqueles que prestam contas” (Hebreus 13:17). Esta exortação não se baseia em autoritarismo, mas em responsabilidade espiritual.
Os líderes são responsáveis perante Deus pelo rebanho, e nossa submissão não é cega, mas bíblica — fundamentada na confiança de que Deus os chamou e os capacita. Nós, então, devemos cultivar valores como lealdade, fidelidade e submissão, não como atitudes passivas, mas como frutos do Espírito e expressões de reverência ao Senhor.
A lealdade é um testemunho de caráter. Quando permanecemos fiéis à liderança, mesmo em tempos de dificuldade ou desacordo, demonstramos que nosso compromisso é com o Reino, não com nossas próprias opiniões.
Davi, diante de Saul, não levantou a mão contra o ungido do Senhor, mesmo sendo perseguido injustamente (1º Samuel 24). Esse exemplo nos ensina que a lealdade transcende ofensas humanas e se alicerça no temor a Deus.
A fidelidade, por sua vez, é a prática constante da confiança. Nós mostramos fidelidade quando oramos pelos líderes, quando honramos suas decisões, quando não espalhamos murmurações, mas edificamos com palavras de graça (Efésios 4:29).
Um coração fiel sabe que a unidade da igreja é preciosa aos olhos de Deus, e por isso não se deixa levar por espíritos de divisão.
A submissão, por fim, não é humilhação, mas humildade. É o mesmo espírito que Cristo demonstrou ao dizer: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Lucas 22:42).
Submeter-se é reconhecer que Deus opera através da ordem espiritual que Ele mesmo estabeleceu. Quando nós nos submetemos, não estamos renunciando à nossa dignidade, mas exaltando a autoridade de Deus sobre nossas vidas.
Portanto, cooperar com a liderança é um ato de adoração. É viver como membros úteis do corpo, cada um desempenhando seu papel com temor e amor (1ª Coríntios 12:12-27).
Que nós sejamos, assim, uma igreja unida, leal, fiel e submissa — não por tradição, mas por convicção bíblica, para glória do nome de Jesus Cristo.
0 Comentários
Ao fazer seu comentário, respeite as opiniões alheias antes de tudo, deixe sua opinião sem ofender o próximo.